LEI Nº 2.813, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2007
DISPÕE
SOBRE A REGULAMENTAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E DIVERSÕES AQUÁTICAS NA
CIRCUNSCRIÇÃO TERRITORIAL DO MUNICÍPIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O prefeito Municipal de
GUARAPARI, Estado do Espírito
Santo,
no uso de suas atribuições legais, consoante ao estabelecido no Artigo
88, inciso IV, da LOM – Lei Orgânica do Município, faz saber que a Câmara
Municipal APROVOU e eu SANCIONO a seguinte Lei:
Artigo 1º Fica permitida a exploração de diversões
aquáticas que resultem em tráfego de embarcações e/ou equipamentos náuticos
congêneres nas praias, canais, rios, lagos e lagoas da circunscrição
territorial do Município de Guarapari, somente nas áreas definidas pela
Administração Pública Municipal, sob as condições expressas na presente Lei.
§ 1° As licenças para instalação e funcionamento das
embarcações e equipamentos náuticos serão concedidas se convenientes para o
interesse público, pelo período de 12 (doze) meses, mediante requerimento
protocolado ma Prefeitura Municipal de Guarapari e pagamento da taxa de
localização e fiscalização anual até a data de 20 (vinte) de Dezembro do ano
que antecede o período de vigência.
§ 2° No requerimento será identificado o requerente como
pessoa jurídica ou física, qualificação da equipe e indicação do ponto
pretendido.
§ 3° Para efetivação do requerimento será exigida a seguinte
documentação dos requerentes/exploradores e de suas equipes de trabalho,
individualizadas:
I – Documentos de
identidade e CPF;
II – Carteiras de
saúde;
III – Comprovantes de
residência por mais de 03 (três) anos no município;
IV – Títulos de
eleitor com inscrição na 24ª (vigésima quarta) zona eleitoral;
V – Documentos
exigidos pela capitania dos portos para as diferentes categorias, de condutor
náutico e para os tipos de equipamentos náuticos requeridos; (Rol Portuário)
VI – Documentos de
propriedade da lancha;
VII – Seguro contra
acidentes pessoais.
§ 4° A autorização será concedida desde que o requerente e
suas equipes de trabalho tenham cumprido o “Curso Preparatório de Atendimento e
Segurança em Serviços Aquáticos”, sob a responsabilidade da SECTUR – Secretaria
Municipal de Cultura, esporte e Turismo e obtido o certificado de “Curso de
sensibilização e conscientização turísticas”, outorgado pela SECTUR e pela
SETAC – Secretaria Municipal de Trabalho, Assistência e Cidadania.
Artigo 2º As licenças para
embarcações e/ou equipamentos que têm como ponto de comercialização a faixa
praiana e de canais, rios, lagos e lagoas, serão concedidas sob forma de
autorização para exploração dos pontos para pessoas físicas e jurídicas que,
diariamente, montem e desmontem o ponto de comercialização, em locais e
horários preestabelecidos e autorizados pela fiscalização da SEMPRAD –
Secretaria Municipal de Planejamento Rural e Urbano e que satisfaçam as
condicionantes seguintes:
Art. 2° As licenças para embarcações e/ou equipamentos que têm
como ponto de comercialização a faixa praiana e de canais, rios, lagos e
lagoas, serão concedidas sob forma de autorização para exploração dos pontos
para pessoas físicas e jurídicas que, diariamente, montem e desmontem o ponto
de comercialização, em locais e horários preestabelecidos e autorizados pela
Secretaria Municipal Fiscalização - SEMFIS e que satisfaçam as condicionantes
seguintes: (Redação
dada pela Lei nº 3360/2012)
I – O equipamento
denominado “Banana Boat” e/ou “Jet Banana” ser, obrigatoriamente, do tipo
“Banana dupla”;
II – A embarcação
rebocadora ter, no mínimo, 19 (dezenove) e, no máximo, 22 (vinte e dois) pés e
ser dotada de motor com capacidade não inferior a 125 (cento e vinte e cinco)
cavalos de força, e navegar obrigatoriamente a 200 (duzentos) metros a partir da
linha de arrebentação das ondas;
III – O equipamento
denominado “CAIAQUE” ter sido submetido à vistoria da divisão de segurança
marítima da Marinha do Brasil e apresentar-se de forma que possibilite a
identificação de seu proprietário, sendo indispensável a apresentação do
certificado;
IV – O equipamento
denominado “JET SKY” ser locado somente para pessoas habilitadas na categoria
de motonauta, observando-se as limitações na classe
de navegação de idade mínima de 16 (dezesseis) anos e navegar sempre a 500
(quinhentos) metros a partir da linha de arrebentação das ondas;
V – Os coletes
salva-vidas serem vistoriados pela capitania dos portos e oferecidos em número
correspondente à capacidade de lotação da embarcação e/ou equipamento náutico;
VI – O equipamento de
reboque permanecer a uma distância nunca inferior a 50 (cinquenta) metros
lineares da área de embarque e desembarque de passageiros;
VII – Todos os
usuários das embarcações e/ou equipamentos náuticos têm, obrigatoriamente, que
usar colete salva-vidas;
VIII – Os acessos das
embarcações e/ou dos equipamentos náuticos para o mar serem feitos,
exclusivamente, em corredores delimitados por raias, com bóias na cor amarela,
poita de concreto de 150 (cento e cinqüenta) quilos e material de fundeio com
olhal, manilhas, destorcedores, sapatilho e cabo de
nylon de ½ (meia) polegada, obedecendo as seguintes dimensões:
a) 10 (dez) metros de
largura por 15 (quinze) metros de comprimento para “BANANA BOAT” e/ou “JET
BANANA”;
b) 10 (dez) metros de
largura por 30 (trinta) metros de comprimento para “JET SKY”;
c) 05 (cinco) metros
de largura por 10 (dez) metros de comprimento para “CAIAQUES”;
IX – A distância para
tráfego de embarcações e/ou equipamentos náuticos motorizados, na água, será a
partir de 200 (duzentos) metros da linha de arrebentação das ondas;
X – Serem afixadas
placas de sinalização nas áreas em que os mesmos estiverem trabalhando;
XI – Fica
terminantemente proibido o abastecimento e a estocagem de combustível na faixa
da areia das praias, canais, rios, lagos e logoas de
circunscrição territorial do Município de Guarapari;
XII – Passa s ser de
obrigação exclusiva, daquele que explora a atividade fim, a manutenção de
guarda-vidas necessários à proteção dos usuários, independentemente daqueles
mantidos pela municipalidade.
Parágrafo único – Fica terminantemente proibida, a utilização de salva-vidas da municipalidade nas atividades de
exploração náutica.
Artigo 3° As licenças para
exploração das atividades mencionadas no artigo 1° desta lei, serão restritas
ao quantitativo de pontos e de embarcações e/ou equipamentos náuticos, por
ponto, definidos para as seguintes áreas:
I – “Caiaques” – até
08 (oito) embarcações por ponto sendo 02 (dois) delas destinadas a salvamento,
caracterizadas nas cores do SOS marítimo, sendo:
a) praia de meaípe – 03 (três) pontos;
b) praia de bacutia – 01 (um) ponto;
c) praia de peracanga – 02 (dois) pontos;
d) praia de guaibura – 02 (dois) pontos;
e) praia do meio – 01
(um) ponto;
f) praia do morro –
04 (quatro) pontos;
g) praia dos
adventistas – 02 (dois) pontos;
h) três praias – 03
(três) pontos;
i) praia de santa
Mônica – 03 (três) pontos;
j) praia de setiba – 03 (três) pontos;
II – “Jet Sky” – até
03 (três) equipamentos por ponto sendo:
a) praia de meaípe – 02 (dois) pontos;
b) praia de bacutia – 01 (um) ponto;
c) praia de peracanga – 01 (um) ponto;
d) praia de guaibura – 01 (um) ponto;
e) praia do morro –
02 (dois) pontos;
f) praia dos
adventistas – 01 (um) ponto;
g) três praias – 01
(um) ponto;
h) praia de santa
Mônica – 02 (dois) pontos;
i) praia de setiba – 02 (dois) pontos;
III – “Banana Boat”
e/ou “Jet Banana” – 01 (um) equipamento, sendo considerado equipamento 01 (uma)
lancha e 01 (uma) banana dupla, sendo:
a) praia de meaípe – 01 (um) ponto, 02 (dois) equipamentos por ponto;
b) praia de bacutia – 01 (um) ponto;
c) praia de peracanga – 01 (um) ponto;
d) praia de guaibura – 01 (um) ponto;
e) praia da areia
preta – 01 (um) ponto;
f) praia do morro –
05 (cinco) pontos, com 05 (cinco) equipamentos;
g) praia dos
adventistas – 01 (um) ponto;
h) três praias – 01
(um) ponto;
i) praia de santa
Mônica – 01 (um) ponto;
j) praia de setiba – 02 (dois) pontos;
Parágrafo único – A definição dos
pontos nas praias será analisada pela SEMPRAD – Secretaria Municipal de
Planejamento Rural e Urbano, pela SECTUR – Secretaria Municipal de Esporte,
cultura e turismo de pelo COMTUR – Conselho Municipal de Turismo e será objeto
de normatização através de decreto editado pelo Prefeito Municipal até a data
de 10 de Dezembro de 2007.
Art. 3° As licenças para exploração das atividades mencionadas
no art. 1° desta Lei, serão restritas ao quantitativo de pontos e de
embarcações e/ou equipamentos náuticos, por ponto, definidos para as seguintes
áreas: (Redação
dada pela Lei nº 3360/2012)
I - “CAIAQUES” - até 08 (oito) embarcações por ponto
sendo 02 (duas) destinadas a salvamento, caracterizadas nas cores do SOS
marítimo, sendo:
(Redação
dada pela Lei nº 3360/2012)
a) PRAIA DE MEAÍPE - 03 (três) pontos;
b) PRAIA DE BACUTIA - 01 (um) ponto;
c) PRAIA DE PERACANGA - 02 (dois) pontos;
d) PRAIA DE GUAIBURA - 02 (dois) pontos;
e) PRAIA DO MEIO - 01 (um) ponto;
f) PRAIA DO MORRO -01 (um) ponto;
g) PRAIA DOS ADVENTISTAS - 02 (dois) pontos;
h) PRAIA DE SANTA MÔNICA - 03 (três) pontos;
i) PRAIA DE SETIBA - 03 (três) pontos.
II - “JET SKY” - até 03 (três) equipamentos por ponto
sendo: (Redação
dada pela Lei nº 3360/2012)
a) PRAIA DE MEAÍPE - 02 (dois) pontos;
b) PRAIA DE BACUTIA - 01 (um) ponto;
e) PRAIA DE PERACANGA - 01 (um) ponto;
d) PRAIA DE GUAJBURA - 01 (um) ponto;
e) PRAIA DO MORRO - 02 (dois) pontos;
f) PRAIA DOS ADVENTISTAS - 01 (um) ponto;
g) PRAIA DE SANTA MÔNICA - 02 (dois) pontos;
h) PRAIA DE SETIBA - 02 (dois) pontos.
III - “BANANA BOAT” e/ou “JET BANANA” - 01 (um)
equipamento, sendo considerado equipamento 01 (uma) lancha e 01 (uma) banana
dupla, sendo: (Redação
dada pela Lei nº 3360/2012)
a) PRAIA DE MEAÍPE - 02 (dois) pontos, sendo 01 (um)
ponto com 02 (dois) equipamentos;
b) PRAIA DE BACUTIA - 01 (um) ponto;
e) PRAIA DE PERACANGA - 01 (um) ponto;
d) PRAIA DE GUAIBURA - 01 (um) ponto;
e) PRAIA DA AREIA PRETA - 01 (um) ponto;
f) PRAIA DO MORRO - 07 (sete) pontos;
g) PRAIA DOS ADVENTISTAS - 01 (um) ponto;
h) PRAIA DE SANTA MÔNICA - 01 (um) ponto;
i) PRAIA DE SETIBA - 03 (três) pontos.
III - "BANANA
BOAT" e/ou "JET BANANA" - 01 (um) equipamento, sendo considerado
equipamento 01 (uma) lancha e 01 (uma) banana dupla, sendo: (Redação dada pela Lei nº 3664/2013)
a) PRAIA DE MEAÍPE - 02 (dois) pontos, sendo 01 (um)
ponto com 02 (dois) equipamentos; (Redação dada pela Lei nº 3664/2013)
b) PRAIA DE BACUTIA - 01 (um) ponto; (Redação dada pela Lei nº 3664/2013)
c) PRAIA DE PERACANGA - 01 (um) ponto; (Redação dada pela Lei nº 3664/2013)
d) PRAIA DE GUAIBURA - 01 (um) ponto; (Redação dada pela Lei nº 3664/2013)
e) PRAIA DA AREIA PRETA - 01 (um) ponto; (Redação dada pela Lei nº 3664/2013)
f) PRAIA DO MORRO -08 (oito) pontos; (Redação dada pela Lei nº 3664/2013)
f) PRAIA DO MORRO - 10
(dez) pontos de exploração. (Redação dada pela
Lei nº 5.119/2025)
g) PRAIA DOS ADVENTISTAS - 01 (um) ponto; (Redação dada pela Lei nº 3664/2013)
h) PRAIA DE SANTA MONICA - 01 (um) ponto; (Redação dada pela Lei nº 3664/2013)
i) PRAIA DE SETIBA - 02 (dois) pontos. (Redação dada pela Lei nº 3664/2013)
Parágrafo único - A definição dos pontos nas praias será analisada pela
Secretaria Municipal de Fiscalização - SEMFIS, e regulamentado pelo Prefeito
Municipal. (Redação
dada pela Lei nº 3360/2012)
Artigo 4° Fica autorizada a instalação de pontos para
o desenvolvimento, prática regulare/ou
comercialização das atividades de vela, regatas, competições e xibições públicas nos seguintes locais:
a) praia de meaípe – 01 (um) ponto;
b) praia do morro –
01 (um) ponto;
c) praia de santa
Mônica – 01 (um) ponto;
d) praia de setiba – 01 (um) ponto;
e) canal de guarapari – 01 (um) ponto.
§ 1º A exploração autorizada e fiscalização pelo Executivo
Municipal, deverá estar em conformidade com o disposto no NORMAN 03 do
Ministério da Marinha.
§ 2º O projeto do ponto de
apoio dessas atividades será definido através de normas pela SEMPRAD –
Secretaria Municipal de Planejamento urbano e Rural, SECTUR – Secretaria
Municipal de Cultura, Esporte e Turismo e deverá conter autorização da gerência
regional de patrimônio da União – GRPU, sendo as licenças expedidas pela SEMFA
– Secretaria Municipal da Fazenda.
§ 2° O ponto de apoio dessas atividades será definido por
meio de normas estabelecidas pela Secretaria Municipal de Fiscalização -
SEMFIS, que expedirá licenças, mediante autorização Superintendia do Patrimônio
da União - SPU/ES. (Redação
dada pela Lei nº 3360/2012)
§ 3º Ficam por conta do(s) proprietários dos equipamentos
todas as despesas de instalação, conforme projeto analisado pelos órgãos
estatais e autorizado em concordância com o artigo 1° e seus parágrafos,
constantes nesta lei.
Artigo 5° Não será concedida mais de uma autorização de
pontos de atividade náutica para uma mesma pessoa física e/ou jurídica.
Parágrafo único – Fica determinado que a documentação da
lancha, o rol portuário e o requerimento do ponto, devem estar em nome da mesma
pessoa física ou jurídica.
Artigo 6° As embarcações que exploram e comercializam
passeios turísticos em grupo, hoje existentes, tais como escunas, veleiros e
similares, serão fiscalizadas e mantidas em conformidade com a NORMAN 03 do
Ministério da Marinha.
Parágrafo único – Os pontos de apoio existentes e previstos,
compreendendo cabinas e “piers” de uso comum e
pertencentes ao Poder Público, representado pelo executivo municipal, poderão
ser terceirizados, através de licitação.
Artigo 7° Fica obrigatório o
funcionamento dos serviços aquáticos no decorrer de todo o ano, sob forma de
rodízio a ser estabelecido pela SECTUR – Secretaria Municipal de esporte,
Cultura e Turismo, visando atender a oferta/demanda nos períodos de baixa
temporada.
Art. 7° Os serviços aquáticos deverão ser exercidos durante todo
o ano, sob forma de rodízio a ser estabelecido pela Secretaria Municipal de
Fiscalização - SEMFIS. (Redação
dada pela Lei nº 3360/2012)
Artigo 8° Fica expressamente proibida atividades
náuticas nas áreas consideradas privativas para o banho de mar, conforme
definição a ser feita pelo órgãos citados no parágrafo único do artigo 3° desta
lei e normatizado por decreto.
Artigo 9° O descumprimento das normas e condições estabelecidas
nesta lei cominará na suspensão temporária da atividade e/ou cassação imediata
da licença, conforme o caso.
Parágrafo único – Cabe à fiscalização municipal a lavratura dos
autos de infração, com encaminhamento a capitania dos portos para ratificação
do auto lavrado e aplicar as penalidades, multas e apreensão de equipamentos
motorizados.
Artigo
Artigo 11 Os casos não
previstos nesta lei serão analisados pela SECTUR/COMTUR e encaminhados para
apreciação do chefe do executivo municipal.
Art. 11 Os casos não previstos nesta Lei serão analisados pela
Secretaria Municipal de Fiscalização - SEMFIS e encaminhados para apreciação do
Chefe do Poder Executivo Municipal. (Redação
dada pela Lei nº 3360/2012)
Artigo 12 Esta lei entrará em vigor na data de sua
publicação.
Artigo 13 Revogam-se as disposições em contrário.
Guarapari – ES, 26 de
Dezembro de 2007.
EDSON
FIGUEIREDO MAGALHÃES
PREFEITO
MUNICIPAL
Projeto de Lei (PL) n° 201/2007
Autoria do PL: n° 201/2007: Poder Executivo
Municipal
Processo Administrativo n° 0021.396/2007
Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Câmara Municipal de Guarapari.